Projetos Instituto Tamanduá

Ações Atuais

2021
Projeto Órfãos do Fogo
Projeto Órfãos do Fogo

 

Em 2019 e 2020, o Pantanal sofreu imensamente com as queimadas, consideradas criminosas, uma vez que, elas não são fenômenos naturais desse bioma. Somado à maior seca dos últimos 72 anos, tivemos recordes históricos de focos de incêndio. Somente em 2020, 57% do bioma foi queimado e a perda de biodiversidade foi imensurável.

Os Xenarthra são animais mais lentos, não tem grande capacidade de fuga em incêndios. E, quando esses animais conseguem escapar, ainda correm o risco de serem atropelados em rodovias, entrarem em zonas urbanas e sofrerem ataques de humanos e cachorros. E o tamanduá-bandeira, espécie classificada como vulnerável nas listas vermelhas de espécies ameaçadas de extinção nacional e internacional, símbolo da biodiversidade brasileira, sofreu diretamente com as queimadas.

Só em 2019, 54 tamanduás-bandeira (Myrmecophaga tridactyla) foram socorridos pelas equipes na linha de frente das queimadas do Mato Grosso do Sul, adultos e filhotes, onde muitos não sobreviveram, e muitos filhotes tornaram-se órfãos e precisaram de cuidados humanos. Nesse cenário, a equipe do Instituto Tamanduá junto ao CRAS de Campo Grande (IMASUL) viu a necessidade de um projeto de reabilitação e reintrodução, foi quando iniciamos o Órfãos do Fogo, a segunda chance que esses animais precisavam para voltar à natureza.

O projeto tem como base a Pousada Aguapé, localizada no município de Aquidauana, Mato Grosso do Sul. São Em reabilitação estão oito jovens e dois adultos, e na fase pré-soltura temos um indivíduo. Os animais são mantidos em oito recintos de reabilitação e um recinto de imersão. O projeto já reintroduziu quatro tamanduás-bandeira, que são monitorados diariamente por telemetria, e estamos acompanhando sua adaptação na natureza, e só temos boas notícias! 

Apoio: International Fund for Animal Welfare (IFAW), Pousada Aguapé, World Animal Protection, Foundation for International Aid to Animals (FIAA), Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, SOS Pantanal, Instituto de Meio Ambiente do Mato Grosso do Sul (IMASUL), Grupo de Resgate Técnico Animal do Pantanal (GRETAP-MS), Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV-MS), Quimtia, Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), Instituto Raquel Machado, Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Primatas (CPB-ICMBio).

2020
Congresso Internacional de Conservação de Xenarthra
Congresso Internacional de Conservação de Xenarthra

 

Em 2020, em meio a pandemia do Sars-Covid-19, a equipe do Instituto Tamanduá organizou o primeiro Congresso Internacional de Conservação de Xenarthra. Participaram 33 palestrantes nacionais e internacionais renomados na pesquisa, clínica, manejo e conservação de Xenarthra no mundo. Participaram mais de 500 inscritos da América Latina, Europa e Oceania.

Apoio: Concessionária Litoral Norte (CLN), IUCN/SSC Anteater, Sloth and Armadillo Specialist Group, Foundation for International Aid to Animals (FIAA), Sociedade Brasileira de Mastozoologia, World Association of Zoos and Aquariuns (WAZA), Quimtia e Proyecto Armadillos de Chile.

2019
Programa de Conservação do Tamanduaí e seus Habitats no Nordeste - Em Busca do Pequeno Desconhecido
Programa de Conservação do Tamanduaí e seus Habitats no Nordeste - Em Busca do Pequeno Desconhecido

 

Em 2015, a equipe considerou ter chegado o momento de usar a experiência obtida com os 10 anos de pesquisa com Xenarthra e expandir ainda mais seus esforços de pesquisa e conservação das espécies para outros biomas, estabelecendo o Em Busca do Desconhecido – o Programa de Conservação do Tamanduaí no Nordeste Brasileiro, sendo a primeira equipe do mundo a trabalhar exclusivamente com a espécie Cyclopes didactylus. O Instituto se estabeleceu no Delta do Parnaíba e áreas adjacentes, que abrangem o litoral dos estados do Maranhão, Piauí e Ceará.

Em 2019, ampliamos nossa área de atuação, e não focamos somente na espécie, como também nos habitats que ela ocorre no litoral nordestino. O levantamento de informações das espécies que ocorrem em áreas dos estados do Nordeste, aliada à urgente necessidade de implementação de ações de conservação para os ecossistemas costeiros brasileiros, que vem sofrendo crescente degradação, traduzem a importância deste projeto. Este possibilita ainda, por meio de suas diversas linhas de ação, a conservação de outras espécies raras, endêmicas ou ameaçadas que ocorrem nesses ambientes, favorecendo assim a manutenção da biodiversidade e dos serviços ambientais fornecidos.

Em 2021, demos início às ações de reflorestamento de áreas degradadas de manguezais, um dos objetivos do programa, na região da Reserva Extrativista Marinha Delta do Parnaíba. O manguezal tem uma importância econômica, cultural, social e histórica para as comunidades tradicionais do Delta. A perda de áreas naturais acarreta na perda de biodiversidade, e incluso as matérias-primas que as pessoas dependem para sobreviver: pescado, caranguejo, ostras. A recuperação das áreas de manguezais degradados será feita em áreas mais afetadas atualmente, e sendo positiva, ampliaremos as ações para outras áreas da Resex afetadas e arredores.

As ações do programa contam sempre com a participação da comunidade. Ações de educação ambiental, sensibilização e comunicação são realizadas com o objetivo de aproximar mais as comunidades tradicionais do Delta do Parnaíba e a conservação da biodiversidade.

Apoio: Fundação Boticário de Proteção à Natureza, Zoológico de Dortmund (Alemanha), Aquário de São Paulo, Secretaria do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos do Estado do Piauí (SEMAR), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (IBAMA), Aiuká Consultoria em Soluções Ambientais.

2019
Projeto Preguiças
Projeto Preguiças

 

Em 2019, tivemos o início do Projeto Preguiças na Reserva de Sapiranga e Parque Nacional da Praia do Forte – Klaus Peters, com objetivo de levantar dados preliminares de geoprocessamento, biologia, ecologia, reprodução, análise de saúde e genética das populações localizadas no norte da Bahia, contribuindo para a revisão do status atual de conservação da espécie, que está na lista vermelha de espécies ameaçadas de extinção da IUCN e do Ministério do Meio Ambiente, como vulnerável.

Em 2021, ampliamos nossa área de atuação, e descobrimos novas áreas de ocorrência da preguiça-de-coleira no litoral nordestino. A equipe percorreu a região norte do litoral baiano e o sul do litoral de Sergipe.

Apoio: Concessionária Litoral Norte, Sloth Conservation Foundation, Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), Fundação Osvaldo Cruz (Fio Cruz), Parque Nacional da Praia do Forte – Klaus Peters, Prefeitura da Mata de São João e Aruá Aves e Natureza.

2017
Apoio à Reabilitação de Xenarthra no Piauí
Apoio à Reabilitação de Xenarthra no Piauí

 

Em parceria com o IBAMA Piauí, a equipe do Instituto Tamanduá recebe indivíduos de tamanduás-mirim (Tamandua tetradactyla), ainda filhotes e órfãos, reabilita e destina os animais, ou reintroduz na natureza ou encaminha para alguma instituição para mantê-lo sob cuidados humanos. Também colaboramos com a captura de indivíduos em situação de risco e soltura em locais considerados adequados.

Em 2021, a equipe da Base Delta recebeu um tamanduaí (Cyclopes didactylus) adulto que precisava de maiores cuidados. O animal foi reabilitado e está sendo mantido sob cuidados humanos, ainda na Base Delta. Esse é o primeiro indivíduo de tamanduaí mantido sob cuidados humanos.

Apoio:  Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (IBAMA), Universidade Federal do Piauí (UFPI), Grupo de Estudos de Animais Silvestres UFPI (GEAS-UFPI), Grupo de Estudos em Biodiversidade UFPI (GBio-UFPI), NEPPAS UFPI.

2016
Protocolo Team
Protocolo Team

 

Em parceria com o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (CENAP/ICMBio) e a Reserva Biológica do Gurupi, a equipe do Instituto realiza o Levantamento de Fauna Terrestre com o Protocolo TEAM (Protocolo de Levantamento de Vertebrados Terrestres) desde 2016.

O protocolo TEAM de armadilhamento fotográfico é um programa de coleta de dados de biodiversidade e já foi implantado em florestas da África, Ásia e América Latina.  No Brasil, seis Unidades de Conservação fazem parte do protocolo: Reserva Biológica do Gurupi, Parque Nacional Juruena, Floresta Nacional do Jamari, Estação Ecológica da Terra do Meio, Estação Ecológica de Maracá e Parque Nacional Montanhas do Tucumaque, todas englobadas pelo Bioma Amazônico.

O Instituto Tamanduá trabalha com os registros de Xenarthra (tamanduás, tatus e preguiças), obtidos através do protocolo TEAM e, até o momento, já obteve mais de 30 mil fotos e mais de 4 mil registros independentes de, ao menos, sete espécies de Xenarhra. Essas informações são de suma importância para a conservação das espécies, pouco estudadas ainda no bioma.

Apoio: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Projeto Monitora ICMBio-MMA, Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (CENAP),  Reserva Biológica Gurupi, Parque Nacional do Juruena, Floresta Nacional do Jamari, Estação Ecológica da Terra do Meio, Estação Ecológica do Maracá, Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque.

2014
Dia Mundial do Tamanduá
Dia Mundial do Tamanduá

 

Dia 19 de Novembro é comemorado o Dia Mundial do Tamanduá, criado em 2014 pelo Instituto Tamanduá e o Instituto Jurumi, organizações não governamentais que atuam com conservação da natureza. O dia é dedicado a sensibilizar as pessoas sobre os tamanduás e os desafios para a sobrevivência das espécies na natureza. É um evento anual para relembrar a importância da conservação das 10 espécies de tamanduás existentes no mundo.

Zoológicos, aquários, ONGs, instituições governamentais e privadas, universidades, escolas e instituições do mundo inteiro se unem para divulgar e ampliar a conscientização para as questões que ameaçam os tamanduás, facilitando a organização e execução de ações, favorecendo a conservação das espécies e as áreas naturais que habitam. Desde o primeiro ano, mais de 150 instituições, de todos os continentes, participaram ativamente, mostrando o quanto os tamanduás são queridos pelas pessoas e o quanto elas se preocupam com eles, mostrando cada vez mais interesse em ajudar essas espécies tão emblemáticas da América Latina.

Realização: Instituto Tamanduá e Instituto Jurumi.

2011
Curso de Capacitação para Trabalho com Fauna em Vida Livre no Pantanal
Curso de Capacitação para Trabalho com Fauna em Vida Livre no Pantanal

 

Desde 2011, o Instituto Tamanduá coordena um dos cursos de campo mais completos da América Latina. Organizamos esse curso com objetivo de capacitar estudantes e profissionais que queiram trabalhar com biodiversidade, dando acesso ao conhecimento técnico em conservação e pesquisa científica, além de promover o intercâmbio entre profissionais que já atuam na área. Com isso, incentivamos a pesquisa e ações de conservação, não só no Brasil, possibilitando o ingresso no mercado de trabalho.

O curso aprofunda temas pouco abordados em cursos de graduação e extensão no Brasil: conservação, medicina, biologia, ecologia de animais silvestres, áreas que crescem cada vez mais e necessita de profissionais preparados para atuarem na linha de frente.

Em nove edições, o curso reuniu grandes especialistas nacionais e internacionais, formando nove turmas com mais de 200 alunos e mais de 50 palestrantes de renome.

Apoio: Pousada Aguapé e Cyclopes Soluções Ambientais.

2011
Projeto de Ecologia, Saúde e Genética de Tamanduá-Bandeira no Pantanal Sul
Projeto de Ecologia, Saúde e Genética de Tamanduá-Bandeira no Pantanal Sul

 

Iniciado em 2011, o projeto teve início na região de Aquidauana, no Mato Grosso do Sul, na nossa base Aguapé, e ocorre até hoje. Iniciamos com o levantamento de informações acerca da ecologia de tamanduás-bandeira na parte sul do bioma, a fim de compararmos com os dados obtidos no Pantanal Norte.

Ao longo do projeto, ampliamos nossas ações e realizamos coletas de dados de saúde e genética dessa população, tão importante para a conservação da espécie.

Apoio: Pousada Aguapé, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP).

2006
Políticas Públicas
Políticas Públicas

 

Desde 2006, o Instituto Tamanduá colabora na elaboração da Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da União Internacional para a Conservação (The IUCN Red List Threatened Species) e no Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção do Institituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade/Ministério do Meio Ambiente (Governo Federal Brasileiro).

Também colaboramos com o Plano de Ação Nacional para a Conservação do Tatu-bola (Tolypeutes tricinctus e Tolypeutes matacus), de 2014 a 2019, e com o Plano de Ação Nacional para a Conservação do Tamanduá-bandeira e Tatu-canastra (Myrmecophaga tridactyla e Priodontes maximus), onde também foram inclusas as espécies de tatu-bola, iniciado em 2019 e ainda em atividade. 

O Instituto colaborou na implementação e desenvolvimento da Lista de Espécies Ameaçadas do Peru, Colômbia e Venezuela.

Apoio: IUCN/SSC Anteater, Sloth and Armadillo Specialist Group, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (IBAMA), Ministério do Meio Ambiente (MMA).