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O tamanduaí (Cyclopes didactylus) é a menor e menos conhecida espécie de tamanduá do mundo, chegando a medir 30cm e pesar 250g. Por ser um animal noturno, solitário e viver somente em cima das árvores, dificultando o trabalho de pesquisa da espécie. Por ser um animal pequeno, carismático e desconhecido por boa parte das pessoas, o tamanduaí muitas vezes é muitas vezes confundido com filhote de tamanduá-mirim ou preguiça, e são levados para residências a fim de cuidar do animal, achando que a mãe o abandonou. Além disso, o tamanduaí também sofre com a perda e fragmentação de habitat, principalmente no litoral brasileiro.
Em 2017, pesquisadores do Instituto descreveram seis novas espécies do gênero Cyclopes, sendo que cinco ocorrem em território nacional e três são exclusivamente brasileiras. A espécie Cyclopes didactylus, ocorre desde o norte da Venezuela até o nordeste da Amazônia, e abrange o litoral dos estados do Maranhão e Piauí, Rio Grande do Norte até Alagoas.
Sua distribuição é disjunta abrangendo a região Amazônica e Nordestina, sendo esta última classificada como “Dados Deficientes” (DD), advindo da carência de dados a respeito da sua real distribuição, densidade populacional e ecologia. A região de conexão entre essas duas populações inclui o Delta do Parnaíba, dentro das unidades de conservação da RESEX Marinha e APA Delta do Parnaíba.
O Delta do Parnaíba situa-se em uma transição entre Cerrado, Caatinga, Restinga e manguezal associados a ambientes estuarinos. Esse ecossistema forma uma ecorregião crucial para a conservação da biodiversidade a nível regional e nacional, sendo o único Delta da America Latina. É formado por extensas florestas de manguezais, um ecossistema costeiro de transição entre os ambientes terrestre e marinho, considerado um dos mais produtivos do planeta, ecossistema na qual o Tamanduaí é dependente para se alimentar, se deslocar, se reproduzir e descansar.
As zonas litorâneas do Delta possuem extrema importância socioeconômica com mais de 50 comunidades tradicionais que dependem dos manguezais para sobrevivência desenvolvendo atividades extrativistas, sendo a APA Delta do Parnaíba uma das áreas estratégicas do PAN dos Manguezais.
O Programa de Conservação do Tamanduaí tem como objetivos principais:
– levantamento de áreas de ocorrência da espécie no Delta do Parnaíba, assim como informações sobre sua biologia, ecologia, saúde e genética;
– identificar áreas prioritárias para a conservação da espécie e do seu habitat, para criação de Unidade de Conservação nas áreas adjacentes à APA Delta do Parnaíba;
– restaurar as áreas de manguezais degradadas junto às comunidades tradicionais, tornando o tamanduaí uma espécie bandeira para a conservação dos mangues e sua biodiversidade no nordeste brasileiro.
O programa engloba também o envolvimento das comunidades tradicionais, com a capacitação e sensibilização das comunidades com o ambiente costeiro, mostrando a realidade dos manguezais brasileiros e mundiais, e o que a destruição do ecossistema afetaria diretamente na vida deles, diminuindo os recursos e prejudicando a comunidade em geral.
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