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O Projeto Órfãos do Fogo surgiu a partir dos incêndios de 2019 e 2020 no Pantanal. Com a preocupação das populações atingidas pelo fogo, realizamos uma expedição pelo Pantanal Norte e Sul em 2020. Na viagem, visitamos as linhas de frente ao resgate e atendimento dos animais atingidos, em busca de material genético dos tamanduás afetados.
O motivo? Com o fogo tomando conta do bioma, havia uma enorme ameaça de extinção local de parte da população pantaneira e nessa situação, ter material biológico viável dos animais é fundamental para garantir que a população não seja extinta.
Mas, foi durante a visita ao Centro de Reabilitação de Animais Silvestres de Campo Grande (CRAS), que nos deparamos com vários tamanduás-bandeira resgatados dos incêndios. Só em 2020, foram 52 indivíduos entre adultos e órfãos.
Lá, vimos a real necessidade de fazer a diferença para os diversos órfãos que encontramos e ajudar nas ações do CRAS para a reabilitação e reintrodução dos pequenos.
Nesse contexto foi criado o Projeto Órfãos do Fogo, para a reabilitação e reintrodução na natureza desses e de todos os outros órfãos, que perderam suas mães nos incêndios e são recebidos anualmente no CRAS.
Desde então, o projeto já contemplou 15 órfãos! Vem conhecer a carinha deles!
História:
Cecília:
Darlan:
Cecília e Darlan formam uma dupla no recinto na Pousada Aguapé e convivem super bem! Eles são bastante desconfiados: uma movimentação repentina ou barulhos são suficientes para eles ficarem em alerta.
E também são bastante curiosos, interagem com enriquecimentos ambientais e adoram um bom banho!
História:
Fadinha:
Tereré:
Fadinha e Tereré formam uma dupla realmente inseparável! Eles fazem absolutamente tudo juntos.
Uma curiosidade sobre o machinho é que ele é bem calmo e faz tudo no seu tempo! Podemos dizer que ele tem seus “rituais”: por vezes após acordar, ele senta… e mesmo se chegar alimentação, ele não demonstra agitação. Afinal, tudo tem seu tempo.
Por outro lado, Fadinha é mais agitada e brincalhona.
História:
Trovão:
Tunga:
Trovão e Tunga formam dupla no recinto e são bastante curiosos. Quando há tratadores por perto, eles ficam agitados! Podemos dizer que Tunga fica, inclusive, um pouco ansiosa. Quando a alimentação é colocada, ela se desespera e alimenta-se bem rápido!
Trovão não é tão ansioso assim, é um pouco mais tranquilo. Após comer, ele vai descansar e diferente de sua ativa parceira, ele não faz muita questão de enriquecimentos ambientais ou de um banho.
História:
Vênus, que chegou bem pequena, com cerca de 1 mês de vida e cerca de 2kg, hoje (04/22) já está com 18kg! Ativa, interage muito com os enriquecimentos ambientais e vive procurando formigas e cupins em seu recinto.
História:
Joaquim é muito brincalhão, ele faz uma verdadeira bagunça com a água disponível no recinto e até mesmo, com a comida!
Embora seja ativo durante o dia, principalmente no horário de alimentação e quando era menor, nos horários de banho de sol (quando colocamos os tamanduás para explorar a área do Pantanal, no entorno do recinto), o período de maior atividade ocorre à noite!
Em 11/2022, Joaquim foi transferido para o recinto de imersão, última fase da reabilitação, antes da soltura, que deve ocorrer ainda neste ano.
História:
Apesar de ser bem curioso quando há barulhos e cheiros próximos ao recinto, Joey não interage tanto com enriquecimentos ambientais e nem mesmo com água!
História:
Um ano depois, Aurora já estava no recinto de imersão, na Pousada Aguapé, em meio à vegetação típica do Pantanal. Neste ambiente, ela demonstrou comportamentos naturais de defesa, alimentação, descanso e banho e inclusive, ficava assustada com a presença humana e se escondia.
Em 03/22 ela foi transferida para a área de soltura do Instituto Raquel Machado, parceiro do Instituto Tamanduá, em Bonito, próxima à área onde foi encontrada. Lá, passará pela última fase de sua reabilitação, antes da soltura.
História:
Tupã ficou no CRAS de Campo Grande no seu primeiro ano de vida, quando foi transferido para a Pousada Aguapé do Projeto Órfãos em 05/21. Ele foi o primeiro tamanduá a utilizar o recinto de imersão, onde se adaptou muito bem e foi o primeiro a ser solto com equipamento de telemetria, em 08/21!
Hoje, ele está determinando sua área de vida em torno da Base Aguapé. E, em vida livre, explora muito bem os capões e mata ciliar do rio Aquidauana. Enche nossos corações de orgulho!
História:
Tabuna:
Tabata:
Tabuna e Tabata foram transferidas do CRAS para a Base Aguapé em 05/21, onde dividiram o recinto de reabilitação e imersão. Lá desenvolveram comportamentos naturais da espécie, como forrageamento (busca por alimentos) e marcação de território. Equipadas com material de telemetria, foram soltas juntas em 10/21.
Tabuna está determinando sua área de vida em uma fazenda vizinha, a cerca de 20km de distância da Pousada Aguapé. Já Tabata está determinando sua área nos fundos da área da fazenda São José, onde fica a Pousada Aguapé, a cerca de 8km da base.
História:
Toddy foi transferido para a Aguapé em 10/21, onde, diferente dos demais tamanduás, já chegou, recebeu o equipamento de telemetria e foi solto, sem passar pelos recintos de imersão.
Assim que foi solto, Toddy explorou bem a área em torno do recinto de soltura e na mata ciliar do Rio Aquidauana. Antes do 20° dia, ele atravessou uma parte mais rasa do rio e está formando sua área de vida em uma fazenda de gado, em uma distância de mais de 15 km.
História:
Quando estava em reabilitação, Tamara tinha comportamentos naturais de um adulto, dormindo grande parte do dia (nos horários mais quentes), só acordando para se alimentar.
Em 08/2022 ela foi solta. Desde então, está se saindo super bem na natureza!
Bom, parece que falamos de 15 pessoas diferentes, né? Podemos dizer que, assim como nós, cada tamanduá tem uma personalidade única! E cada um deles, com seu jeito e sua história, tem muito a nos ensinar.
Em comum, todos são vítimas, direta ou indiretamente, do fogo. Todos nós, do Instituto Tamanduá, somos imensamente gratos em poder ajudá-los e poder compartilhar um pouco da história e personalidade desses queridos órfãos com vocês.
Esperamos que tenham gostado de conhecê-los!
Financiadores: IFAW, Pousada Aguapé, World Animal Protection, FIAA Aid to Animals, Fundação Grupo Boticário e SOS Pantanal.
Apoiadores: Instituto de Meio Ambiente do Mato Grosso do Sul, Grupo de Resgate Técnico Animal do Pantanal – MS, Conselho Regional de Medicina Veterinária – MS, Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, Instituto Raquel Machado, Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Primatas Brasileiros, do ICMBio e Polícia Militar Ambiental do Mato Grosso do Sul.
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Trabalhamos em prol da conservação da biodiversidade há mais de 18 anos e somos referência em pesquisa e manejo de tamanduás, tatus e preguiças.
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