


Na Rota do TamanduAÍ
Novo projeto do Instituto Tamanduá com apoio da Petrobras


Na Rota do TamanduAÍ
O Instituto Tamanduá deu início ao projeto “Na Rota do TamanduAÍ”, uma iniciativa aprovada pelo Programa Petrobras Socioambiental. Esse novo ciclo marca uma expansão significativa das ações do Instituto na região dos Lençóis Maranhenses, com foco em conservação da biodiversidade, educação territorial e fortalecimento das comunidades tradicionais.
O projeto se inspira na Rota das Emoções e leva o nome do tamanduáí, espécie símbolo do bioma onde atua. O animal representa não apenas a fauna local, mas também a delicadeza, a resistência e o equilíbrio entre natureza e cultura — pilares centrais do trabalho do Instituto Tamanduá.
Sobre o Projeto
“Na Rota do TamanduAÍ” foi pensado para atuar em territórios sensíveis do litoral maranhense, principalmente nas regiões de Barreirinhas, Paulino Neves e Tutóia. Seu objetivo central é promover o uso sustentável dos ambientes costeiros e conservar a biodiversidade local por meio de ações articuladas de educação ambiental, pesquisa científica, geração de renda e turismo de base comunitária.
Além disso, o projeto prioriza a inclusão de públicos historicamente marginalizados, como mulheres, mães solo, jovens, LGBTQIA+, pessoas com deficiência e representantes das comunidades tradicionais, tanto nas formações quanto nas oportunidades de trabalho que serão geradas durante o processo.
As ações se organizam em seis grandes eixos:
Diagnóstico socioambiental e mapeamento de territórios
Levantamento e monitoramento de fauna com foco nos Xenarthras, especialmente o tamanduáí
Construção de tecnologias sustentáveis, como fogões ecoeficientes
Formação de professores e estudantes em educação ambiental contextualizada
Formação de jovens em ciência cidadã
Capacitação de moradores para atuar com hospitalidade, vivências e experiências turísticas
A primeira missão técnica do projeto aconteceu entre os dias 23 e 28 de junho de 2025. A base foi o povoado de Atins, de onde a equipe percorreu diversas comunidades em uma expedição que reuniu levantamento de campo, escuta comunitária e articulação com parceiros locais.
Durante seis dias, o Instituto realizou visitas técnicas e registros em povoados fundamentais para a atuação do projeto:
Atins: onde foi montada a base da missão. Reuniões com moradores, instituições locais e levantamento de pontos críticos deram início à escuta territorial.
Ponta do Mangue e Canto do Atins: áreas de grande sensibilidade ambiental, com pressão turística crescente. A equipe realizou mapeamentos socioambientais, ouviu moradores e identificou gargalos relacionados à infraestrutura e ao acesso.
Mandacaru: acessado por travessia fluvial, o povoado é marcado por forte identidade cultural. Foram realizadas entrevistas com moradores antigos, visitas a pontos de patrimônio histórico e observações sobre práticas locais de produção e conservação.
Queimada dos Britos e Baixa da Onça: a visita exigiu apoio de quadriciclos e envolveu percursos de difícil acesso. Essas comunidades mais isoladas apresentaram um retrato forte da vida rural nos Lençóis Maranhenses, com práticas de subsistência, laços familiares e conhecimento ancestral sobre o território.

Pesquisa e observações ambientais
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Durante a expedição, foram observados vestígios de tamanduá-mirim, tatu, além de registros visuais de aves migratórias e espécies da restinga. Também foram identificadas áreas com presença de plantas carnívoras e possíveis locais para instalação de armadilhas fotográficas.
A equipe analisou ainda sinais de pressão antrópica sobre habitats naturais e corredores ecológicos.
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Esse levantamento preliminar será a base para o desenvolvimento de pesquisas mais aprofundadas sobre a biologia, ecologia, saúde e genética das populações locais de Xenarthras — especialmente o tamanduáí.

Resultados Esperados:
A expedição proporcionou uma base concreta para o planejamento das próximas etapas do projeto. Entre os resultados esperados, estão:

01.
Produção de um banco de dados territorial confiável
02.
Propostas para implementação de ecoturismo de base comunitária
03.
Fortalecimento da rede de escolas, educadores e lideranças locais
04.
Engajamento das comunidades em práticas sustentáveis com geração de renda
05.
Produção de materiais educativos e registros científicos

Essa primeira ação em campo confirma o potencial do projeto como uma ferramenta de transformação territorial. Mais do que levantar dados, a equipe do Instituto Tamanduá voltou com histórias, vínculos e compromissos reais com os territórios e as pessoas que vivem, protegem e sonham com um futuro melhor nos Lençóis Maranhenses.
Realização:


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