Projeto Ecologia e Conservação Participativa do
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Tatu-bola (ECP Tatu-bola)
O tatu-bola do Nordeste (Tolypeutes tricinctus) é uma espécie de tatu que ocorre exclusivamente no Brasil, nos biomas Caatinga e Cerrado, e o tatu mais ameaçado do país, encontrando-se atualmente Em Perigo de extinção.

História
O tatu-bola foi considerado extinto por mais de 20 anos até a sua redescoberta em meados dos anos 1980. A caça é historicamente uma de suas mais importantes ameaças.
O seu hábito de se enrolar como uma bola como estratégia para se proteger de predadores naturais, como a onça-pintada, torna o tatu-bola especialmente fácil de ser capturado por mãos humanas. Mas, atualmente, a perda do seu hábitat natural tem reduzido a sua área de distribuição e isolado populações especialmente no Cerrado.

Sobre o Projeto
Em 2017,
pesquisadores do Instituto Tamanduá descobriram uma nova população do tatu-bola na Caatinga no interior do estado da Bahia. Logo, ficou claro que moradores das comunidades locais possuíam amplo conhecimento sobre espécie e que ela parecia ser comum na região. Desde então, projetos de pesquisa e conservação focados no tatu-bola começaram a ser desenvolvidos especialmente na comunidade de Sumidouro, com o objetivo de conhecer melhor a biologia da espécie e promover sua conservação na região com o apoio dos moradores locais.
Em 2021, o projeto ECP Tatu-bola surgiu como parte do programa EDGE of Existence da Zoological Society of London. Desde então, o projeto tem monitorado essa população do tatu-bola com participação ativa das comunidades locais, que fazem parte do time local do projeto e/ou participam do planejamento das suas atividades por meio de reuniões e oficinas. Essas atividades já resultaram, por exemplo, na construção de um plano participativo de ação local para conservação do tatu-bola, um plano de turismo científico focado na espécie e uma metodologia específica para captura de indivíduos para pesquisa com efetividade superior a 90%.

Atualmente, as atividades socioambientais do projeto já resultaram em mais de 100 moradores envolvidos em cursos, oficinas e reuniões; mais de 30 crianças participantes de atividades de educação ambiental; mais de 20 moradores que já trabalharam no projeto como voluntários ou de forma remunerada; e mais de 130 unidades de artesanato inspirado no tatu-bola vendidas pela associação de mulheres artesãs Filhas do Vento.
As atividades de pesquisa já resultaram em mais de 30 indivíduos da espécie capturados para avaliação do estado de saúde; mais de 100 registros georreferenciados de indivíduos identificados por meio de marcas naturais obtidos por moradores usando smartphones; além de mais de 1000 vídeos do tatu-bola obtidos ao longo do monitoramento feito por armadilhamento fotográfico e conduzido pelos próprios moradores. Os resultados de análises de tamanho populacional indicam que esta população pode ser uma das duas maiores já registradas da espécie, destacando a importância da sua efetiva conservação no longo-prazo.

Agora
o projeto, em parceria com moradores e instituições da comunidade de Sumidouro e a agência Birding Chapada Diamantina, lança o primeiro roteiro de turismo científico da região da Chapada Diamantina na Bahia. Esse roteiro possibilita aos turistas acompanharem as capturas de indivíduos de tatu-bola, coleta de dados pelos pesquisadores e soltura dos indivíduos em seu ambiente natural, além de vivenciar a cultura e as tradições da comunidade.


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